Bolsas europeias espelham otimismo de Xangai

A semana começou com ganhos nas bolsas europeias Tanto o índice PSI-20 como os seus principais congéneres da Europa apresentam subidas ao início desta manhã, fruto do adiamento da decisão de os Estados Unidos aumentarem as taxas aduaneiros sobre os produtos chineses. O principal índice nacional arrancou com uma valorização de 0,25%, para os 5.165,52 pontos, depois de ter encerrado a sessão da última sexta-feira no ‘vermelho’. Por volta das 09:00 desta segunda-feira, a praça lisboeta já estava a subir 0,40%, para 5.173,32 pontos.

Gualter Pacheco, analista do Banco Carregosa, afirma ao Jornal Económico que “os mercados estão fortes” e que as “expectativas para hoje são otimistas” depois de a principal praça financeira chinesa ter fechado com uma subida de quase 6%, perante os sinais de que Donald Trump iria ‘dar o braço’ a torcer na guerra comercial, que se prolonga há vários meses. “O bull market na China beneficia a Europa. Não há acordo [entre os presidentes norte-americano e chinês], mas também não há desacordo. Os futuros americanos também estão a subir entre 0,2% e 0,3%”, salienta Gualter Pacheco ao semanário.

A favorecer o PSI-20 está essencialmente a Jerónimo Martins, que avança 1,82%, para 13,18 euros, dois dias antes de apresentar resultados. A retalhista liderada por Pedro Manuel de Castro Soares dos Santos deverá estar a refletir “uma perspetiva de bons resultados”, segundo o mesmo trader. Isto porque a última recomendação foi do HSBC, no dia 21 de fevereiro, para «manter» e com um preço-alvo de 11 euros.

Ainda no retalho, nota para o ganho ligeiro de 0,11% da Sonae. Além disso, impressionam títulos como: Mota-Engil (+1,54%, para 1,20 euros), REN (+0,15%), BCP (+0,74%), CTT (+0,50%) ou Galp Energia (+1,19%). Por outro lado, caem a EDP e a EDP Renováveis (-0,62% e -0,43%, respetivamente), bem como a Ibersol, que recua 2,95%, para 7,90 euros.

No restante ‘Velho Continente’, o índice alemão DAX soma 0,52%, o britânico FTSE 100 avança 0,30%, o francês CAC 40 valoriza 0,32%, o espanhol IBEX 35 aumenta 0,47% e o holandês AEX sobe 0,55%. O italiano FTSE MIB cresce 0,91%, após a agência de notação financeira Fitch se ter pronunciado recentemente sobre a sua dívida italiana.

“Manteve a notação financeira da Itália em BBB (dois níveis acima da categoria «junk»), atribuindo uma perspetiva negativa. A notação de BBB sinaliza que existe uma fraca probabilidade de default, mas diversos fatores económicos ou financeiros poderão afetar a capacidade do país de honrar os seus compromissos”, referem os especialistas do CaixaBank/BPI Research.

No habitual Diário de Bolsa, estes analistas lembram que, no final da semana, a Fitch apontou como factores para esta decisão a estagnação do PIB, a fraca procura externa e a incerteza política. “Em outubro, a Moody’s reduziu a rating da Itália para apenas um nível acima da categoria de ‘lixo’, enquanto a agência S&P manteve a notação dois níveis acima de «junk», embora atribuindo um outlook negativo”, recordam.

A cotação do barril de Brent desliza 0,15%, para 67,15 dólares, enquanto a cotação do crude WTI desce 0,10%, para 57,20 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, nota para a apreciação de 0,05% do euro face ao dólar (1,1347) e para a desvalorização de 0,08% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3067).

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