“Conheço bem o BdP. Deve voltar a ser uma instituição de referência”

O antigo ministro das Finanças Mário Centeno disse, esta quarta-feira, no Parlamento, que conhece bem o Banco de Portugal (BdP), enaltecendo a sua experiência profissional para exercer o cargo para o qual foi nomeado pelo Governo. Além disso, Centeno sublinhou que a independência se conquista por quem a exerce e que o BdP deve ser “sinónimo de ação”.

“É com muita satisfação que volto a esta Comissão [de Orçamento e Finanças]”, começou por dizer Centeno, num breve discurso inicial, enaltecendo, depois, o seu percurso profissional até ao momento. 

“Esta experiência é um ativo que utilizarei para dar ao BdP a projeção e a capacidade de influência que merece”, disse Centeno, referindo-se ao seu currículo. “Colocar esta experiência ao serviço do meu país é um imperativo a que quero dar resposta”, rematou, durante a audição, que é obrigatória por lei. 

Centeno referiu, por diversas vezes, que está familiarizado com o supervisor da banca: “Conheço bem o BdP. O BdP deve voltar a ser uma instituição de referência em Portugal e na Europa já que congrega muitos dos melhores técnicos formados nas melhores universidades portuguesas”, afirmou. “O BdP tem de se tornar em sinónimo de ação”, apontou.

E foi mais longe, respondendo já a possíveis críticas que lhe poderão ser apontadas ao longo desta manhã: “A independência não é outorgada, nem proclamada, é conquistada na ação e é um dever de quem dela beneficia mostrar que a merece e a exerce”, sublinhou ainda o antigo ministro das Finanças. “Encaro a missão de liderar o BdP não como um mero voltar a casa, mas como o iniciar e construir de um novo caminho, numa casa que conheço bem e quero ver prosperar na base da excelência”, realçou. 

O primeiro-ministro, António Costa, disse na terça-feira que Centeno tem “tem todos os créditos” para ser excelente governador do BdP, mas antes de qualquer nomeação o antigo ministro tem de passar pelo Parlamento, motivo pelo qual está hoje a ser ouvido pelos deputados, a propósito da sua designação pelo Governo para governador do Banco de Portugal, sucedendo a Carlos Costa, que está em funções há 10 anos.

Acompanhe aqui a audição de Centeno, em direto:

[Notícia em atualização]

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