Portugueses aderem a compras online mas têm menos dinheiro para gastar

A empresa de serviços de gestão de crédito Intrum alertou esta segunda-feira para a data de compras por excelência que se aproxima a passos largos: a Black Friday. Agendada para a próxima sexta-feira, esta campanha de descontos – que inaugura a temporada de compras natalícias – requer cuidados extraordinários e ponderação, sobretudo se envolver transações na Internet.

“Este ano tem sido um ano de adaptação para todos nós e a Black Friday é exemplo disso. É necessário adaptarmo-nos à realidade que estamos a viver e sem dúvida que as promoções online são uma mais valia nesta fase em que temos de estar o mais resguardados possível”, diz o diretor geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra.

No ano passado, o valor médio gasto por cada cartão bancário em Portugal durante a Black Friday fixou-se nos 80,10 euros, sendo que as compras online representaram 10,4% do total das aquisições e os supermercados e hipermercados (retalho) lideraram na tabela dos setores com maior número de compras.

A Black Friday de 2020, que arranca a 27 de novembro, será marcada por uma extensão dos dias de promoções e por incentivos ao comércio eletrónico, para evitar ajuntamentos de pessoas e corridas aos centros comerciais e às lojas neste contexto epidemiológico.

Luís Salvaterra lança sugestões aos consumidores, para que as promoções não passem a ser uma fonte de preocupações extraordinárias para os portugueses: “Estabeleça prioridades, conheça as condições de venda dos produtos e evite gastar acima das suas possibilidades”.

Segundo o “White Paper Covid-19”, elaborado pela Intrum em maio, mais de metade (52%) dos portugueses admitiu que compra mais online do que há um ano – uma percentagem superior à dos espanhóis (46%) e à média europeia (43%). Mais de 40% dos portugueses inquiridos neste estudo referiu ainda que pretende manter este comportamento, continuando a comprar através da Internet mesmo depois da pandemia.

O pódio dos países que reconhecem gastar menos dinheiro devido à pandemia é liderado pela Estónia (65%), seguindo-se a França (47%). Portugal encontra-se em 8.º lugar com uma percentagem de 38%. Os países que menos concordam com esta afirmação são a Áustria, Alemanha, Dinamarca (23%) e a Hungria (21%). A média europeia situa-se nos 36%, aponta a Intrum nesse relatório.

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