Subscrição de novas ações dá à Oi 427 milhões de euros

A Oi enviou ao mercado um comunicado onde dá conta “do resultado do exercício do direito de preferência e pedidos firmes de subscrição de sobras de ações não subscritas”, cujo o prazo de exercício do direito de preferência para subscrição de novas ações ordinárias e para realização de
pedidos firmes de subscrição de sobras de novas ações ordinárias não subscritas foi encerrado em 4 de janeiro de 2019.

“Durante o Período de Exercício, detentores de Direitos de Preferência subscreveram 1.530.457.356 novas ações ordinárias ao preço de emissão de 1,24 reais por cada nova ação ordinária, incluindo as 856.519.080 novas ações ordinárias subscritas pelo custodiante dos programas de American Depositary Receipts da Companhia, de acordo com instruções recebidas dos titulares de direitos emitidos aos detentores de American Depositary Shares representativos de ações ordinárias e
preferenciais da Companhia, o que resultou num aporte de recursos para a companhia no valor total de 1.898 milhões de reais (427,3 milhões de euros)”, diz a Oi em comunicado.

Isto é, juntando os valores obtidos com a subscrição de novas ações ordinárias, no total a companhia conseguiu levantar cerca de 2 mil milhões de reais.

Por sua vez, titulares de direito de preferência manifestaram “interesse firme” na subscrição de 91.322.933 novas ações ordinárias, incluindo 49.156.560 sobras de novas ações ordinárias que também tiveram pedido firme feito pelos detentores de ADS. Como o preço também foi de 1,24 reais por ação, o total levantado foi de 113 milhões de reais. “Tendo em vista que o número de sobras de novas ações ordinárias solicitadas foi inferior ao total de sobras de novas ações ordinárias disponíveis, os pedidos de sobras de novas ações ordinárias apresentados pelos acionistas e detentores de ADS foram atendidos integralmente”, diz a companhia no comunicado enviado ao mercado.

Na próxima semana, no dia 15, os titulares de direito de preferência que tenham manifestado intenção em subscrever sobras de novas ações ordinárias (incluindo os detentores de ADS) serão notificados, e terão de o fazer até à próxima sexta-feira, 18. A reunião do conselho que confirmará a subscrição das sobras deverá ocorrer no dia 21 de janeiro.

Conforme explica no comunicado, a Oi espera que as novas ações ordinárias que não sejam subscritas acabem sendo adquiridas por investidores e administradores de fundos de investimento com quem há um Contrato de Compromisso e Subscrição (Subscription and Commitment Agreement), datado 19 de dezembro de 2017, celebrado pela companhia e com esses investidores e administradores.

A empresa esclarece ainda que a taxa de câmbio utilizada para a conversão do preço de subscrição das novas ADSs ordinárias foi de 3,8934 reais por dólar. Isto é 1,592439 dólares por cada nova ADS. A expectativa é que o reembolso do montante excedente seja entregue aos respectivos titulares no dia 17 de janeiro.

“O Agente de Direitos de ADS restituirá aos detentores de Direitos de ADSs Ordinárias 0,437561 dólares do Valor de Depósito das Novas ADSs Ordinárias por cada Nova ADS Ordinária inicial subscrita. Espera-se que o reembolso do montante excedente do Valor de Depósito das Novas ADSs
Ordinárias com relação às subscrições iniciais de Novas ADSs Ordinárias seja entregue aos
respectivos titulares de Direitos de ADSs no dia 17 de janeiro de 2019”, lê-se no comunicado.

Oi contrata assessores para avaliar fusões

Esta semana foi ainda noticiado que a Oi contratou um conjunto de assessores para delinear a sua estratégia futura. Entre esses contratos está um com o Bank of America Merrill Lynch, que será assessor financeiro, para avaliar oportunidades de fusão e aquisição, anunciou a operadora.

O Bank of America Merrill Lynch será assim o assessor financeiro “para prospetar e estruturar operações que envolvam a monetização de ativos ‘non core’ e oportunidades de M&A [merger & acquisition, ou seja, fusões e aquisições]. A Oi garante ser mais um passo para “maximizar a criação de valor e ampliar as fontes de financiamento para a execução do seu plano de investimentos com foco em FttH (fibra ótica) e cobertura [móvel] 4,5 G”.

Além deste banco, a Oi contratou a Boston Consulting Group para rever o plano estratégico, para que esta consultora ajuda a analisar e definir “modelos de negócios com visão de longo prazo”, assim como ajude na elaboração do plano de execução e medidas a implementar.

A Oi garante ainda no comunicado que os trabalhos destes dois assessores “são complementares e serão coordenados também com a execução do plano de capex [investimento] da companhia, que está sendo apoiada pela consultoria Oliver Wyman”.

A Oi á a concluir o aumento de capital por injeção de novos recursos de 4 mil milhões de reais (cerca de 950 milhões de euros), no âmbito do qual a Pharol ficará com uma posição em torno dos 6%.

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