Mercado regulado ou mercado livre de eletricidade?

Com o preço da energia a subir, como resultado da guerra na Ucrânia, será que vale a pena mudar para o mercado regulado de eletricidade e gás?

A resposta não é igual para todos os consumidores, porque depende dos tarifários negociados com cada comercializador e dos eventuais descontos a que tenham acesso.

Descubra as diferenças entre o mercado livre e regulado e como fazer a mudança.

O que é o mercado regulado de energia?

O mercado regulado de energia foi o primeiro a surgir e, durante muitos anos, foi o único em Portugal.
O mercado regulado disponibiliza Tarifas de Venda a Clientes Finais aprovadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
No mercado regulado, os preços são revistos com pouca frequência. Logo, não sofrem grandes variações ao longo do ano. Outra característica deste mercado é o baixo número de empresas presentes. A falta de alternativa de ofertas dentro do mercado faz com que os clientes possam ter que se resignar ao que existe, caso não queiram mudar de mercado.

O que é o mercado livre de energia?

O mercado livre de energia é um mercado que surgiu em 2006, onde várias comercializadoras competem pelas melhores ofertas de eletricidade e gás natural. Os preços deixam de ser da responsabilidade da ERSE e passam a ser determinados pelas companhias de energia, de acordo com as Regras da Concorrência.
No mercado livre, o número de opções de fornecimento de energia é superior, por isso torna-se bem mais competitivo comparativamente com o mercado regulado.

Qual a diferença entre mercado regulado e livre?

Resumidamente, as diferenças entre os dois mercados do setor de energia é:

> A forma como são regulados e quem os regula;
> A forma como são definidos os preços e com que regularidade;
> A quantidade e variedade de oferta disponível.
> Relativamente à forma como são regulados, o mercado regulado é da responsabilidade da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). O mercado livre rege-se pelas regras da concorrência, pela lei e pelo Regulamento das Relações Comerciais.

No que diz respeito aos preços, pode haver uma maior flutuação de valores no mercado livre, pois estes são revistos e alterados com mais frequência.

Quem pode aderir ao mercado regulado de eletricidade?

No caso da eletricidade, podem aderir ao regime equiparado ao da tarifa regulada os clientes de eletricidade em baixa tensão normal (potência contratada até 41,4 kVA).

Compensa voltar ao mercado regulado de eletricidade e gás natural?

O preço do mercado regulado da eletricidade e do gás natural costuma ser, por regra, mais elevado que o mercado livre. Porém, com a inflação, o aumento do custo dos combustíveis e a guerra na Ucrânia, esta diferença deixou de ser tão evidente.

Poderá voltar para o mercado regulado com as tarifas 2022 SU Eletricidade, mas todos os clientes vão ter de mudar para o mercado livre de energia até 2025. Se optar pelo preço kWh da SU Eletricidade, deixa de ter os descontos e as outras vantagens do mercado livre.

Conheça as ofertas disponíveis no mercado antes de mudar para o mercado regulado

1.Comece por analisar a fatura de energia (eletricidade e gás), procurar o preço por kWh e o preço diário por kWh cobrado pela potência contratada.

2.Verifique se beneficia de descontos e serviços adicionais associados que compensem o aumento dos preços (em alguns casos, pode não valer a pena fazer a mudança)

3.Procure a melhor oferta através do simulador da ERSE aqui:https://www.erse.pt/simuladores/precos-de-energia/

Tendo em conta as respetivas ofertas do mercado de energia, é o consumidor que tem a última palavra.

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