Como organizar finanças pessoais: 12 estratégias infalíveis

Saber como organizar as finanças pessoais é imprescindível na vida de qualquer um de nós, mas para muitos esta tarefa pode parecer quase impossível e representar muitas dores de cabeça.

Ter conhecimento e domínio de estratégias que ajudem a manter a saúde das finanças é uma medida que pode afetar positivamente vários aspetos das nossas vidas – do pessoal ao profissional, sem esquecer o emocional. Para ter mais estabilidade, ser mais produtivo e evitar quadros de stress, é preciso olhar bem para a organização pessoal das finanças e colocar tudo no devido lugar.

Grande parte das pessoas acredita mesmo que basta ganhar dinheiro e ter a conta bancária confortavelmente preenchida para acabar de vez com todos os problemas e, ainda que esta ideia não seja uma verdade absoluta, a realidade é que muitos de nós teríamos mais tranquilidade e tempo para relaxar se isso acontecesse. No entanto, é preciso exercitar a ideia de que a gestão financeira pessoal, quando bem feita, é a causa dessa tranquilidade e não o dinheiro, que é apenas a consequência das boas atitudes.

Pode estar a pensar que ter estabilidade financeira é uma questão de sorte, que trabalha imenso e não lhe acontece. Na verdade, e ao contrário do que parece para muitos, ter as finanças pessoais organizadas é uma questão de estratégia – e isso está ao alcance de todos, através de passos simples de executar. Do que vai precisar? A resposta é fácil: de disciplina e planeamento.

Para o ajudar, temos 12 dicas para organizar as finanças pessoais e ter o dia a dia mais folgado.

12 DICAS PARA SABER COMO ORGANIZAR FINANÇAS PESSOAIS


5 objetivos financeiros a atingir antes de ter filhos

Saber como organizar as finanças pessoais é mesmo o primeiro passo na direção certa para concretizar projetos individuais ou da família – e, sim, até para realizar sonhos.

Fique a par das iniciativas que deve implementar na rotina diária para, finalmente, obter o equilíbrio financeiro que deseja. Quem sabe, até, para passar à fase de investidor. Por que não? Conheça as nossas dicas e comece a organizar as contas.

1. ESTABELEÇA O DIA DO ORÇAMENTO

Não é uma tarefa apenas para quem tem tempo, para quem é fã de contabilidade ou para aqueles que são fanáticos por cálculos. Na verdade, este passo é simples de colocar em prática e exige apenas alguma disciplina.

Escolha um dia do mês para cuidar da saúde das finanças, crie uma tabela para incluir as despesas fixas, outra para as dívidas e mais uma para gastos eventuais (e, à vezes, supérfluos). Insira as receitas (salário e ganhos eventuais, por exemplo). Monte um orçamento mensal que seja adequado – ou seja, com gastos compatíveis com as receitas. Tente que, todos os meses, 10% a 20% das receitas fiquem de lado – ou seja, sobrem no final do mês.

A regra de ouro é: encerrar o mês com sinal verde e nunca vermelho.

2. DEFINA AS PRIORIDADES

Imaginemos que, ao calcular tudo, reparou que as contas estão em desequilíbrio: há mais gastos do que receitas e o mês fecha sempre no sinal vermelho. Nesta altura, é urgente reduzir despesas.

Defina quais são as prioridades e corte aquilo que não é essencial. Sim, é provável que necessite de exercitar a sua capacidade de ser disciplinado. No entanto tente compreender que este será um período de transição, pois é através dessa medida que vai conseguir ajustar as contas e, mais à frente, ter tranquilidade para outros gastos.

O que eliminar na lista de gastos: viagens, idas ao restaurante, compras que possam esperar por melhores dias, passeios. Aguarde até que esteja recuperado o equilíbrio das suas finanças pessoais.

3. APRENDA (MESMO) A USAR O SEU DINHEIRO

É comum vermos as pessoas preocupadas em saber como ganhar mais dinheiro, em vez de pensarem que poderiam ter mais se soubessem usar o dinheiro. Quantos casos já ouviu que eram protagonizados por grandes empresários, que ganharam muito dinheiro, e acabaram a vida na falência? Quantos casos conhece de gente que não consegue viver sem gastar, mês após mês, seja no que for? Este é o grande segredo: saber como usar e onde empregar o dinheiro. Não há nada como aprender com os erros de quem nos rodeia.

Que tal aprender mais sobre economia e conseguir trazer o conceito de forma simples para o dia a dia? Leia jornais, livros e revistas, ou converse sobre o assunto com quem entende. Em resumo, informe-se sobre formas saudáveis de usar o dinheiro. Ele deve ajudá-lo a viver e nunca ser o foco absoluto.

4. TEM OBJETIVOS FINANCEIROS? SE NÃO OS TEM, ESTABELEÇA ALGUNS

Aqui a dica é simples: defina uma meta. Quanto quer juntar? Em quanto tempo? Qual o objetivo? Determine valor, prazo e objetivo financeiro a ser alcançado. Organize toda a sua rotina de acordo com a meta a ser atingida.

Exemplo: se quer comprar um carro e vai precisar de 10 mil euros, defina um prazo para conseguir juntar o dinheiro e analise todo o orçamento mensal, com base nas dicas anteriores –  ou seja, organize as contas, defina as prioridades e elimine o que não é necessário. Comece a criar as condições para comprar o que deseja dentro do prazo que vai estabelecer.

Veja 5 objetivos financeiros para alcançar até aos 30 anos >>

5. POUPE SEMPRE

Esta dica é incontornável: não há como organizar as finanças pessoais sem praticar a poupança. É este passo que vai garantir uma reserva de capital para amortecer as contas em alturas de crise ou diante de situações de emergência.

O compromisso já foi indicado mais acima, mas não custa lembrar: organize as finanças pessoais tendo como missão cumprir com sucesso a tarefa de guardar uma fatia da sua receita mensal. Idealmente, esta poupança deverá ser de 10 a 20% de tudo o que receber por mês.

como organizar finanças pessoais

6. LIMITE O ENDIVIDAMENTO

Controle os impulsos de consumo. Prefira sempre juntar o dinheiro que precisa para uma compra e faça o pagamento a pronto, sem recorrer às famosas mensalidades. Isso, além de evitar compras pouco pensadas e algumas dores de cabeça, permite acesso a alguns descontos e isenção de gastos com juros. Financia apenas o que faz sentido, como a compra de um bem imóvel.

7. SABIA COMO E QUANDO INVESTIR

Quando se cumprem os passos anteriores, o mais natural é que, dentro de algum tempo, consiga dispor de capital para investir. Se as contas estão pagas em dia, não sobraram dívidas e já é lei gastar menos do que ganha, chegou a altura de fazer com que o dinheiro trabalhe para si. Sim, leu bem: dinheiro faz dinheiro e esta é a premissa do investidor.

Mas, cuidado com os enganos de principiante: escolha investimentos que sejam adequados ao seu perfil, informe-se com o seu gestor de contas do banco, converse com o contabilista da sua confiança e não tenha medo de pedir a opinião de um assessor especializado em investimentos. Capacite-se para cuidar, mais adiante, dos seus investimentos.

Temos 18 sugestões para investir pouco dinheiro e ganhar muito >>

8. FUJA DOS CRÉDITO FÁCEIS

Corra para longe dos créditos fáceis e caros. As linhas de crédito não foram criadas para o ajudar a pagar as contas ou para realizar os seus sonhos de consumo, elas existem com o objetivo de lucrar com os seus gastos e dívidas.

Os cartões de crédito também são bons exemplos de ameaças a sua saúde bancária e ao seu planeamento financeiro, uma vez que é fácil cair em dívidas que rapidamente se transformam em bolas de neve. Antes de cair na tentação do dinheiro fácil, lembre-se que ele custa bastante mais caro.

9. SE ESTÁ ENDIVIDADO, CONSIDERE A PORTABILIDADE

Imaginemos que tem um empréstimo ou financiamento que não está a conseguir cumprir. Nessas situações, verifique a possibilidade de usar a estratégia da portabilidade, ou seja, tente encontrar uma instituição financeira que “compre” a sua dívida e lhe ofereça melhores condições de juros. A regra simples é: trocar uma dívida cara por uma que seja mais barata.

10. DIVIDE AS FINANÇAS COM ALGUÉM? PARTILHE OS PLANOS DE GESTÃO DO DINHEIRO

Se partilha as finanças com alguém, o mais acertado será incluir essa pessoa nos planos de gestão financeira. Desta forma, todos estão conscientes do projeto e de tudo o que vão ter de abrir mão para alcançar o objetivo.

Além disso, vai ter uma outra pessoa para chamá-lo à razão quando se sentir tentado a gastar com o que não é ideal no momento e aumentam as possibilidades de terem, juntos, mais ideias saudáveis no que diz respeito ao dinheiro.

como organizar finanças pessoais

11. ATENÇÃO AOS IMPOSTOS

Os impostos podem ser motivos de grandes dores de cabeça e verdadeiros buracos financeiros. Organize os seus pagamentos fiscais, estando sempre atento aos prazos e evite coimas e juros acumulados.

12. SEJA DISCIPLINADO

A última dica é, talvez, a mais importante de todas as anteriores, porque sem ela nada pode funcionar: seja disciplinado. Nenhum dos seus planos para salvar a sua vida financeira vai funcionar se não conseguir segui-lo à risca, com disciplina.

Respeite o seu planeamento inicial, não altere os caminhos e não abandone os projetos. Somos constantemente tentados a gastar mais e em mais coisas, por isso mesmo e a todo instante, manter o foco no objetivo financeiro é um passo fundamental e que lhe vai acompanhar pela maior parte de todo o processo.

Agora que já sabe como organizar as finanças pessoais, comece já a planear novos caminhos para o seu dinheiro. Estamos certos de que, depois de ler estas 12 dicas, nunca mais vai encarar esta tarefa como algo tão complicado e difícil de executar.

Outros Artigos

Siga-nos

    Não se preocupe, se mudar de ideias, poderá retirar o seu consentimento a qualquer momento exercendo os direitos referidos na política de privacidade.

    A Ler...