6 dicas para começar a investir, mesmo em pandemia.

O atual cenário mundial despertou medo e insegurança. Os cuidados com a saúde nunca foram tão necessários e agora a adaptação a um novo estilo de vida faz parte do nosso dia-a-dia. As dúvidas sobre o que fazer com o dinheiro já investido não param de surgir.

Na situação atual, é muito difícil decidir o que deve fazer com o seu dinheiro, uma vez que, as coisas mudam drasticamente. E segundo a economia comportamental, os movimentos realizados em momentos de crise são mais guiados pela emoção do que pela razão.

Devo investir mesmo na pandemia?
Qualquer momento é bom para começar a investir. Deixar de juntar dinheiro ou de pensar em aplicações só porque estamos em crise não é bom. Afinal, no atual cenário económico, planear uma reserva de dinheiro para compras futuras ou para a reforma, mesmo quando se é jovem, é algo importante.

Qual é a melhor maneira de começar?
Com a crise, a dica é não procurar investimentos muito arriscadas logo no inicio. Se a pessoa não tem hábito e nunca investiu na vida, é melhor procurar o equilíbrio e não ir direto às ações. Como lidar com dinheiro e aplicações não é uma tarefa fácil, Veja aqui algumas dicas úteis que o podem ajudar a fazer as melhores escolhas neste momento.

  1. Observe a sua Reserva de Emergência

A reserva de emergência é um valor importante que se guarda para momentos de necessidade e imprevistos que possam acontecer. Segundo os especialistas, deve ter o valor equivalente a três ou até seis meses do salário para que o trabalhador consiga manter o seu padrão de vida por algum tempo.

Contudo, no cenário atual, é recomendável estender essa segurança por um período maior, entre seis e doze meses do orçamento, pois deve considerar a dificuldade no momento de voltar no mercado.

Essa reserva deve ser aplicada em investimentos mais conservadores, isto é, com risco reduzido e com alta liquidez.

  1. Invista em possíveis oportunidades

Se possuí dinheiro suficiente para implementar a sua reserva de segurança e também poder investir, ou então, se o passo anterior não se encaixa no seu perfil, é possível usar o cenário atual para adquirir ações e fundos de títulos imobiliários, pois agora estão mais baratos. Deve ter em atenção que esse tipo de investimento oscila muito, caso prefira evitar tal risco, a compra de cotas e fundos de ações é adequada pois as decisões são tomadas por gestores experientes.

Outra opção é investir em bens móveis como carros, máquinas e equipamentos. Com a crise, as pessoas que não têm reservas tendem a vender os seus bens para pagar as suas contas. É uma boa oportunidade, para quem tem dinheiro disponivel, adquirir um produto por menor preço e depois vendê-lo por um valor superior. Contudo, esta prática pede paciência, pois é preciso esperar que a economia estabilize primeiro, se quiser obter um lucro relevante.

Caso possua uma cota de consórcio ativa, o dinheiro extra pode ser uma oportunidade para oferecer lances mais baixos, pois as ofertas de lance tendem a cair. Se for contemplado, poderá comprar automóveis ou imóveis com valores mais acessíveis, num momento de baixa.

  1. Diversifique seus investimentos

Com a queda de juros que estávamos vivendo antes da pandemia, as pessoas estavam trocando aplicações mais conservadoras por outras mais arriscadas como fundos imobiliários e ações, pois acreditavam que teriam um melhor retorno.

Contudo, escolher o investimento apenas pela rentabilidade não é o mais adequado mas, sim, diversificar mantendo sempre uma reserva de dinheiro guardado em aplicações em que é possível resgatar de imediato, mesmo que tenham uma rentabilidade menor.

  1. Observe a liquidez dos investimentos

No momento em que vivemos, é necessária uma garantia de que suas aplicações podem ser transformadas em dinheiro vivo para pagar os seus gastos nos próximos meses, contudo, alguns fundos de ações exigem de 30 a 60 dias para o resgate. Esse tipo de aplicação só deve ser feita se a sua reserva de emergência estiver garantida.

  1. Tome as decisões pensando nos seus objetivos de curto, médio e longo prazo.

As decisões de investimento devem refletir os sonhos e as metas, por isso, cada aplicação deve ser estudada para garantir que os seus objetivos sejam atingidos e não atrasados por ela.

  1. Não tenha medo do mercado financeiro, mas desconfie sempre de soluções mágicas.

O sistema financeiro Português é sólido, por tanto, medidas irracionais pautadas no desespero, como retirar as suas economias do banco e guardá-las em casa, não devem ser tomadas. Mas todo o cuidado é pouco, nestes momentos podem aparecer oportunistas a oferecer dinheiro rápido ou aplicações com retorno elevado. Não existem receitas milagrosas, o cenário atual é incerto e por esse motivo nenhuma promessa pode ser feita com certezas.

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