Investir é simplesmente afectar dinheiro, neste caso poupança, a uma actividade que lhe permite gerar lucros. É fazer o dinheiro funcionar para si, para que a sua riqueza cresça ao longo do tempo.
Os investimentos também ajudam a manter o dinheiro que poupou e a não perder o seu poder de compra. Se tiver apenas o seu dinheiro debaixo do colchão ou numa conta corrente, está a perder dinheiro, e isto é devido à inflação.
A inflação faz com que o preço dos bens na economia aumentem numa determinada percentagem num ano. Isto significa que ano após ano os bens e serviços se tornam mais caros e se não investir o dinheiro das suas poupanças, nos próximos anos poderá comprar menos com essa quantia que tem.
No entanto, investir é uma decisão que deve ser tomada com cabeça fria porque, dependendo da actividade em que se investe o dinheiro, corre-se riscos, e um deles é perder dinheiro.
Pergunte a si mesmo que tipo de investidor é você.
O sucesso de um plano de investimento depende em parte de se conhecer a si próprio. A nossa personalidade, estilo de vida e objectivos dão-nos um guia para investir.
Existem 3 tipos de investidores, dependendo do montante e tipo de riscos que se pretende correr. O primeiro é o investidor de risco, aquele que escolhe investimentos de maior risco, mas que gera maiores retornos. As pessoas com este perfil não têm medo de perder dinheiro no processo.
O segundo tipo é o conservador, que prefere segurança a rendimentos elevados em curtos períodos de tempo; estes investidores não estão dispostos a perder dinheiro e, portanto, tendem a gerar rendimentos mais baixos.
Finalmente, há o investidor moderado, que se caracteriza por um equilíbrio entre risco e retorno.
Para saber que tipo é, pode fazer um teste online ou responder a um questionário de uma instituição financeira. Ao ser claro sobre que tipo de investidor está mais alinhado com a sua personalidade e perfil de risco, pode tomar melhores decisões sobre quais os mecanismos de investimento a utilizar.
Compreender o básico
A educação financeira é fundamental não só para começar a investir, mas também para cuidar das suas finanças pessoais, por isso recomendamos-lhe que estude sobre o assunto.
Dois conceitos com os quais se deve estar familiarizado quando se investe são o risco e o retorno. O risco é a incerteza em torno de um investimento devido a situações e mudanças inesperadas. Enquanto que a rentabilidade é a percentagem dos lucros gerados pelo investimento de capital.
Estes dois conceitos têm uma relação directa, quanto maior for o risco, maior será o rendimento fornecido ao investidor; e quanto menor for o risco, menor será o rendimento esperado.
Portanto, há duas regras principais a ter em mente:
1.Se assumir o mesmo risco, opte pelo investimento que oferece o maior retorno
2.Se o retorno for o mesmo, escolher a opção com o menor risco.
Montante a ser investido e limites
Para começar a investir é necessário estabelecer o montante das nossas poupanças que vamos afectar para este fim. A primeira coisa a ter em mente é que não é aconselhável utilizar todo o dinheiro poupado, porque deve ter sempre uma quantia para emergências.
Um cálculo que pode fazer para determinar quanto investir é definir o montante com que quer contar em situações imprevistas, e investir o resto. Para calcular esse montante pode fazer a soma das despesas essenciais durante um par de meses.
Para além de estabelecer um montante a investir, deverá ter limites de lucros e perdas. Os limites de perda são usados para descobrir quanto está disposto a perder, e quando parar esse investimento para não ter uma perda maior. Este passo permite-nos ter perdas menores e controladas.
Por outro lado, os limites de lucro não são estabelecidos em todos os tipos de investimento, porque nem sempre são necessários. No entanto, quando são investimentos mais arriscados em mercados voláteis, é bom ter um limite de lucro, uma vez que estes permitem assegurar os retornos alcançados.