Início Economia Cinco mitos sobre os cartões de crédito que não são verdade

Cinco mitos sobre os cartões de crédito que não são verdade

A falta de informação, nos cartões de crédito, pode ter um custo real, monetário, por isso é importante desmistificar algumas ideias incorretas.

Muitas pessoas ainda se sentem um pouco confusas em relação aos cartões de crédito. Provavelmente, aliás, todos nós em algum momento sentimos o mesmo. Assim – e porque o cartão de crédito é uma ferramenta muito útil para gerir as finanças pessoais, se usado de forma correta –, vamos então procurar desmistificar alguns dos erros e ideias preconcebidas associadas a estes cartões.

Mito: os cartões de crédito geram mais dívida.
Verdade: falso. Pode até acontecer precisamente o oposto.

Tudo depende do tipo de utilização que der ao cartão. Quem fizer um uso pouco racional vai incorrer em despesas para as quais não tem rendimentos e, então sim, gerar mais dívida. Mas para quem fizer um uso responsável do seu cartão (ou cartões), estes funcionam mais como um instrumento de poupança até porque trazem, geralmente, um conjunto de benefícios associados, como descontos em parceiros ou programas de cashback – que devolvem parte do dinheiro gasto – com óbvias vantagens. Por princípio, a totalidade das responsabilidades também deve ser paga ao final de cada mês, mas muitas vezes pode até aproveitar a opção de fracionar alguns pagamentos em três vezes, sem incorrer em qualquer penalização ou juros.

Mito: o cartão de crédito não é um meio de pagamento seguro.
Verdade: pelo contrário, oferecem uma maior proteção contra fraudes quando comparados com os cartões de débito.

Os cartões de crédito são uma forma perfeitamente segura e cómoda de realizar todos os pagamentos, seja em lojas físicas seja online. Oferecem até uma maior proteção contra fraudes do que os cartões de débito e, muitas vezes, um conjunto de seguros associados totalmente grátis. Mas muito úteis. Um excelente exemplo são os pagamentos de bilhetes de avião, que asseguram a proteção contra situações como bagagens extraviadas ou voos cancelados.
Naturalmente a segurança de qualquer cartão depende, em grande medida, dos cuidados na sua utilização. Assim, é fundamental seguir algumas regras básicas, como não anotar o número do PIN, não escolher uma opção fácil de descodificar (a data de nascimento, por exemplo) e fazer sempre compras online em sites seguros.

Mito: ter vários cartões de crédito diminui as hipóteses de pedir um empréstimo.
Verdade: a existência de um cartão – ou múltiplos – em seu nome não tem qualquer interferência negativa.

Pelo contrário, um bom historial de crédito, com um ou mais cartões, será contabilizado como fator positivo na hora de tomar a decisão de atribuir o financiamento. Já um mau historial, e valores elevados em dívida prolongada, poderá, aí sim, afetar negativamente esses esforços, pois os valores poderão ser contabilizados para a taxa de esforço. Ou seja, a simples existência de crédito atribuído em seu nome não só não prejudica como é benéfico. Deverá, no entanto, pagar os valores em dívida nos prazos estabelecidos.

Mito: devo cancelar os cartões de crédito que não uso.
Verdade: nim.

Se, à partida, faz sentido cancelar todos os serviços que não se utilizam, tal não é necessariamente verdade no caso dos cartões de crédito. Como vimos, a sua existência não só não afeta as possibilidades de conseguir financiamento como é uma fonte imediatamente disponível para poder usar numa situação de emergência. Por este prisma, não faz qualquer sentido cancelar um cartão, a menos, claro, que obrigue ao pagamento de uma anuidade muito elevada. Nesse caso representa uma despesa que deve ser terminada ou, em alternativa, substituída por uma opção sem custos.

Mito: o uso de cartão de crédito pressupõe o pagamento de juros todos os meses?
Verdade: não. Se pagar na totalidade o saldo em dívida não haverá lugar ao pagamento de quaisquer juros.

Essa é obviamente uma das razões por que é aconselhável fazer sempre esse pagamento na totalidade – a outra será o não acumular de dívida. Muitas instituições permitem inclusivamente fracionar o pagamento de algumas contas, e mesmo assim não pagar juros.

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