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Bankinter antecipa abrandamento do ritmo de subida dos preços das casas

Bankinter prevê um abrandamento da subida dos preços das casas em Portugal “para um nível mais sustentável”, antecipando que os preços cresçam 4% este ano e 1,5% em 2020, segundo a sua Estratégia de Investimento.Cada vez mais casas são compradas a pronto e em dinheiro Ler Mais

A “maior oferta de imóveis para venda permitirá equilibrar o mercado, levando a um abrandamento do ritmo de subida dos preços para um nível mais sustentável, em linha com o crescimento nominal da economia”, indica a Estratégia de Investimento do Bankinter Research com as perspetivas para o 3.º trimestre de 2019.

A instituição antecipa que os preços das casas em Portugal aumentem 4% este ano e 1,5% em 2020.

“O preço das casas continua suportado por três pilares”, indica o Bankinter, enumerando o baixo custo de financiamento, devido à queda das Euribor e à pressão competitiva nos ‘spreads’, o crescimento da procura interna, “impulsionada pela evolução do ciclo económico e a ausência de alternativas de investimento rentáveis” e a escassez de imóveis para venda, “depois de uma longa crise do setor da construção”.

De acordo com a instituição, apenas o último pilar – a escassez de oferta – “deixará de exercer pressão altista sobre o preço das casas, tendo em conta o aumento esperado do número de novas construções”.

O Bankinter prevê que nos próximos dois anos sejam construídas cerca de 18 mil novas habitações por ano, “sensivelmente o dobro da média dos últimos cinco anos”.

Para o mercado de capitais, o Bankinter antecipa que “o nervosismo e um aumento da volatilidade podem aumentar durante o terceiro trimestre”, apesar de indicar que os “níveis de juros extremamente baixos favorecem as avaliações das bolsas”.

“Com lucros a aumentar e taxas de juro baixas e a diminuir, as avaliações oferecem um risco reduzido” e o Bankinter indica que o atual contexto “faz com que todos os ativos saiam beneficiados: ações, obrigações e imobiliário”.

Na sua Estratégia de Investimento para o 3.º trimestre, o Bankinter explica que “os bancos centrais sofreram (ou beneficiaram de?) uma metamorfose silenciosa muito útil para os preços dos ativos”, que consiste numa mudança de missão.

“Antes da crise financeira a sua missão [dos bancos centrais] era identificar a tempo a inflação e combatê-la com uma política monetária restritiva (basicamente com o aumento das taxas de juro), mas agora esta missão é promover uma inflação suficiente para contrariar os riscos deflacionistas e favorecer tanto a criação de emprego, como o crescimento económico”, indica a instituição, adiantando que, “com este suporte, os preços dos ativos têm, em termos gerais, a maior proteção de sempre”.

O Bankinter indica ainda que, com os volumes de negociação em queda no verão, é necessário que os investidores estejam preparados “para sofrer alguma correção”. “Sem que nos assuste demasiado”, acrescenta.

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